"A história da implantação do então chamado OAB é rica de fatos pitorescos, alegres alguns, tristes outros, que deve um dia ser contada, não unicamente por mim, mas por todos quanto dela participaram, especialmente pelo Muniz, que foi – juntamente com o (desculpe-me a tão surrada, mas aqui inevitável, expressão) saudoso Abrahão de Moraes – um dos pais do projeto. [...] Não sei qual deles sonhou primeiro [...]." (Lício da Silva, 1994)
Veremos aqui a primeira etapa da história do LNA, que tem suas raízes no já longínquo fim do século XIX, mas que só se transforma no projeto de instalação do observatório de montanha em 1936, um sonho não realizado. Nos anos 1960, esse sonho é retomado no contexto do plano de desenvolvimento da astronomia brasileira e, finalmente, torna-se realidade depois de um longo processo de escolha de sítio, aquisição de telescópio, formação de pessoal, preparação da infraestrutura e instalação do observatório em Brazópolis, sul de Minas Gerais. Comecemos com o sonho de Domingos da Costa, que contagiou quatro outros personagens: Sodré da Gama, Lélio Gama, Abrahão de Moraes e Muniz Barreto. Na sequência veremos como eles levaram o sonho adiante e começaram a transformá-lo em realidade, contagiando os estudantes e pesquisadores que viriam a ser os pioneiros da moderna astrofísica no Brasil.
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| O Pico dos Dias ainda vazio. (Fonte: LNA) |
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| O Pico dos Dias já com o prédio principal do OAB em construção. (Fonte: LNA) |
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